Como celebrar João em nós?

Como a vida e o caminho percorrido por João podem ser uma inspiração para você? Que passos você pode reconhecer, ao longo de sua caminhada?

Onde e como será que vive João em você? Como e quando foi que você também viveu o que João viveu? Como reconhecer essas vivências?

Não basta só olhar uma história fora de você, mas olhar uma história dentro de você! Olhar para seus desertos, para suas regras e normas, para suas obediências, para seus sacrifícios, para sua busca espiritual e seu significado. 

Olhar também para seus batismos, para suas certezas e esperar até o dia em que a grande transformação possa acontecer. Olhar para a confiança: olhar, olhar e olhar. Desde quando era pequeno até hoje. Quantos anos para investigar e encontrar todas essas verdades e situações!

Por outro lado, é preciso ter a percepção das grandes imagens.Perguntar-se: como posso reconhecer essas grandiosas imagens, talvez na minha pequena vida, simples e sem muitas informações?

Será que vou encontrar? No fundo, trata-se de reconhecer que toda vida tem grandes informações – nós é que não as valorizamos ou não as denominamos: achamos que vivemos na pequenez, que não somos nada ou ninguém. Não é assim?

Será preciso achar o deserto, achar as pregações, achar os gafanhotos, cuidar da mãe, ou dos pais, ser obediente às normas, ser rigoroso e exigir a transformação e a coerência do outro. Talvez não seja tão difícil assim. O que em mim precisa diminuir para que o outro possa crescer?

Agora, morrer decapitado, e aparentemente por puro capricho, isso não! Porém, podemos olhar para o simbolismo e muito provavelmente vamos encontrar muitas situações nas quais deixamos para trás um jeito de pensar.

Se fizermos uma guinada em nossa maneira de ser, em nossas crenças, em nossos princípios, em que o antigo já não cabia mais em nós: precisava ser “morto”, assassinado.

Amanda Rocha é paulista, com alma paulistana e coração mineiro. Psicóloga de formação pela PUC-SP, psicopedagoga pela UEMG, trabalhou como professora Waldorf – ajudando a fundar e sendo tutora da primeira turma de Ensino Médio de MInas Gerais – formou-se em Educação Terapêutica e ajudou a criar o PDIP (Plano de Desenvolvimento Individual Pedagógico). Atualmente trabalha como Aconselhadora Biográfica online (@pontosdevirada), dando cursos de formação e capacitação em Antroposofia.

Berenice von Rückert é formada em Ciências Sociais na UFJF, conheceu a Antroposofia através da Pedagogia Social com Lex Bos. Em São Paulo fex o curso de Formação de Professores Waldorf e trabalhou na administração do Centro Paulus. Participou do grupo I de Formação Biográfica com Gudrun Burkhard, definindo assim sua profissão de Aconselhadora Biográfica. Foi coordenadora de vários seminários de Pedagogia Social. Em Belo Horizonte foi co-fundadora da Éthica Consultoria e Treinamento e presidente da API, mantenedora do Colégio Rudolf Steiner-MG. Foi co-fundadora de escolas de formação biográfica em Minas Gerais, Buenos Aires-ARG; e Neuquén-ARG, onde atuou como coordenadora e docente. É coordenadora do curso de Formação Waldorf da FEIDEF, em Quito-ECU, na cadeira de Biografia.