Almejamos uma vida harmônica e sem crises, porém a crise forma parte de nossa biografia. E atravessá-la pode nos possibilitar um maior crescimento e consciência de nós mesmos, de quem verdadeiramente somos, de qual é o sentido maior de nossa vida, e nos pode acordar para nossa essência e para as nossas verdadeiras tarefas.
“O importante e bonito do mundo é isso: que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas, mas que elas vão estar sempre mudando. Elas afinam e desafinam”. J G. Rosa
Frequentemente uma crise é provocada por eventos externos, como uma separação, a perda de um ser querido, de um trabalho ou uma perda financeira. Mas ainda parecendo ir tudo bem, e sobretudo na metade da vida, à espreita como um ladrão no meio da noite, surgem em nosso interior perguntas que não querem calar, como por exemplo:
Si estas perguntas as trago para a consciência, às expresso para mim e posso escutá-las ou ainda expressá-las para os outros e se ainda tenho coragem de encará-las e realizar as mudanças que precisam ser feitas, quiçá a dor seja menor; porém frequentemente as ”empurramos com a barriga”, até que se configura a crise, nossa mestra.
Na fase aguda somos chacoalhados, caotizamos internamente, não vemos saída, nos sentimos inseguros, com medo, paralisados ou desesperados, temos a sensação de ter perdido o controle, nos sentimos impotentes e não conseguimos pensar. Ela leva toda nossa vida ao caos, todas as seguranças desaparecem, não queremos contato com outras pessoas, de alguma forma nos resguardamos, como um sentido de autoproteção. Ou se alguém nos pergunta, podemos às vezes retirar importância ao que estamos acontecendo, ou inclusive negar. Isto pode durar horas ou muitos dias. Internamente podemos sentir raiva, culpar aos outros pelo que nos está sucedendo, ou sentir-nos culpados, por não ter visto antes, ou não ter falado a tempo, ou não ter feito alguma coisa, para depois sentir tristeza e angústia. Caímos em nós, na realidade. Não dá mais para enganar-nos. Não adianta muito se questionar o porquê chegamos a esta situação
E se sustentamos esta dor e atravessamos este túnel escuro, chegamos a luz, e podemos nos vivenciar agora mais plenos e integrados.
Os médicos antigos usavam essa palavra para designar um momento de resolução ou de decisão de um processo doentio. Alguns autores remetem sua origem à palavra crisol, que é o recipiente que se usa para tirar as impurezas de um metal precioso. Podemos dizer que a crise vem para limpar nossas impurezas e fazer-nos brilhar, para que a nossa luz possa irradiar e iluminar o mundo.
Podemos ter uma imagem do que é uma crise, olhando para a primeira: o momento do nascimento. No útero materno estamos num lugar, seguro e protegido, o qual conhecemos, pero que agora se tornou pequeno e por vontade própria. pois é o próprio embrião que se posiciona para nascer – passamos por aquele túnel escuro, que nos aperta e chegamos na luz, aquele lugar desconhecido, um tanto inseguro, onde abrimos os olhos e mudamos de estado de consciência. pois somos seres em contínua transformação. O momento que antecede à crise, portanto, é um momento de decisão de nosso Eu de crescer, de liberdade, e de ampliação de consciência.
A crise está a nosso serviço para quebrar velhas seguranças, velhas crenças, papéis estarrecidos, opiniões bitoladas, que nos aprisionam no passado e não nos deixam ser o eu, aquele que vim a ser. Ela nos abre para o novo e autêntico que quer crescer dentro de nós. O que eu não sou ainda, o que poderia ser? O ser humano é aquilo que se está procurando por si mesmo, além de sua história passada, no futuro.
Assim ela é uma ponte entre o passado e o futuro, é uma chamada de nosso Eu que desde o futuro ilumina nosso presente, acordando-nos e impedindo que adormeçamos seguro e conhecido.”
“Tudo o que é passado tem que ser reduzido ao nada, as nuvens ficaram concentradas em volta do homem, e ele terá que encontrar a sua liberdade, encontrar seu próprio poder, toda a sua forca a partir deste nada” R. Steiner
Viver esse nada, é como uma vivência do abismo que se interpõe entre nosso eu inferior e o Eu superior, este é o ponto mais baixo de uma crise, o fundo do poço na linguagem vulgar, o ponto de máxima liberdade, e portanto também o ponto de virada onde começamos a sair da crises, a ver a luz no outro lado do túnel e a tomar decisões, que nos colocam em direção do futuro. Na verdade, neste ponto é quando estamos mais perto de nós mesmos, e como uma ave fênix nos erguemos das cinzas de um tempo que se acaba e aos poucos, brotos de um novo futuro começam a germinar na nossa alma, um novo começo se vislumbra no horizonte. O amanhecer de um novo dia. E o rio da vida continua a fluir.
Crises são então passagens de limiar, portas que se abrem para que possamos tornar-nos cada vez mais humanos, para que ampliemos nosso olhar, para ir além do conhecido. A criança logo após nascer muda de pele e nós precisamos mudar várias vezes ao longo de nossa vida. A pele que nos separa ou nos une com o mundo, com o outro, conosco.
Então não precisamos temê-la e si vê la como nossa aliada, na nossa jornada chamada VIDA.
“A vida não nos exige sacrifícios inatingíveis, ela apenas nos pede que façamos a nossa jornada com alegria no coração e que sejamos uma bênção para os que nos rodeiam, de forma que se deixarmos o mundo um pouquinho melhor com a nossa visita, teremos cumprido a nossa missão.” Dr. E. Bach
Atua com Aconselhamento Biográfico em grupo (especialidade) e individual (desafio), sempre investindo forças para que esse trabalho alcance todo tipo de pessoas, sejam elas ricas ou pobres
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