“Se quisermos festejar o Natal de modo cristão,
deverão existir em nós próprios um Pastor e um Rei.
Um Pastor que ouve o que outras pessoas não ouvem
e que, com todas as formas de dedicação,
more logo abaixo do céu estrelado;
a esse Pastor, anjos anseiam por revelar-se.
E um Rei que distribui dádivas,
que não se deixa guiar por nada mais
a não ser pela Estrela nas alturas
e que se põe a caminho para ofertar todas as suas dádivas
ao pé de uma manjedoura.
Mas, além de Pastor e Rei, deverá existir também em nós
uma Criança que quer nascer agora!”
Rudolf Steiner
Rudolf Steiner fala do Natal como uma festa solar: uma vitória do Sol sobre a escuridão dentro e fora. Afinal, é uma data que celebra o nascimento do Cristo-Sol, que é diferente da ideia do Cristo religioso. Trata-se de um Cristo mais espiritual, uma força que atua em nós assim como o Sol atua em todos os seres e coisas, ditando seu ritmo de contração e expansão, nascimento, crescimento, reprodução e morte. Ou seja, é algo sentido, vivido, experimentado dia a dia e não algo pensado ou acreditado.
É como se no Advento e consequentemente no Natal, nos déssemos conta desse ritmo e sentíssemos falta de fazer parte dele. Assim, o Advento é um chamado para que sejamos tudo aquilo que podemos ser. Para que deixemos brilhar em nós esse Sol, da mesma forma que no verão do hemisfério sul; ou que caminhemos em direção a ele, feito sementes que suportam o frio inverno do hemisfério norte, para depois vencerem as forças da terra na primavera. Seja como for, o Sol sempre é nosso guia. A regularidade dos movimentos dos planetas, por exemplo, já foi o caos – coisas em estado de não organização que, com o tempo, encontram seu lugar. Em nossa vida, podemos reparar nesse ritmo em menor escala: ora vivemos o caos, ora conseguimos sair dele e fluir. O fundamental é saber que nada é permanente, e que é importante tentarmos sempre fazer o melhor que nos é possível naquele momento. Assim como o Sol ordena o caos, precisamos organizar nossa biografia, ainda que aos poucos. Temos uma vida toda para isso!
As Festas Cristãs nos auxiliam nesse sentido, pois, ao celebrá-las em determinadas épocas do ano, ficamos em consonância com as quatro estações e suas demandas internas e externas. Ou seja: as demandas do Sol. Além disso, quando toda a humanidade celebra as mesmas festas nas mesmas épocas do ano, todos nos unimos em intenção e devoção a essas celebrações que representam os estágios de união do Espírito Crístico com a Terra. No hemisfério sul, isso pode ser um pouco mais complicado, porque a estação do ano é oposta à demanda da festa cristã que vivemos. No Natal, por exemplo, a atmosfera deveria ser de introspecção, para que pudéssemos ouvir, dentro de nós, a chegada da Boa Nova: o surgimento desse novo Ser que se desenvolve e cresce em nossos corações, ano a ano. Sergei Prokofieff escreve, em seu livro “O Ciclo do Ano como Caminho de Iniciação”: “Naturalmente, é extremamente difícil celebrar as festas cristãs sem contar com o suporte do ciclo do ano tal como ele transcorre na natureza. A fim de celebrar o Natal no solstício de verão, porém, não se deveria imitar as condições do hemisfério norte (neve, etc.), mas antes encontrar formas totalmente novas para as celebrações, mais fundamentadas num background espiritual oculto.” Nesse sentido, seria importante que cada um de nós pensasse em uma forma mais adequada de vivenciar esse momento, interna e externamente, no hemisfério sul.
Quando conseguirmos praticar a Ciência Espiritual, ela será chamada de realidade. As Festas Cristãs são pontos de virada da humanidade que nos ajudam a lembrar/entender isso; elas nos ajudam a conectar espírito e matéria com naturalidade.
No hemisfério sul, o Advento acontece na primavera e no verão, logo depois da época de Finados. Assim, aos poucos, vamos nos desconectando de algo que findou, em Finados e, quatro domingos antes do Natal, passamos a nos conectar com o porvir, com a Boa Nova, com a semente que vence as forças da terra e começa a brotar. É tempo de lembrar que somos mais que matéria: somos uma força espiritual condensada nesse corpo e temos uma missão a cumprir.*
Você sabe qual é a sua missão? Tem conseguido ser quem verdadeiramente é e deixado sua luz brilhar? O Aconselhamento Biográfico é uma ótima forma de encontrar e rever as respostas para essas perguntas!
Trecho extraído do livro “Natal – Coleção Estações Biográficas – Verão” escrito pelas Aconselhadoras Biográficas Berenice von Rückert e Amanda Rocha, e lançado com o apoio da ABAB.
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