Leis biográficas após os 63 anos
O longo título da obra da autora Gudrun Burkhard (1929-2022) já nos dá uma pista sobre o precioso conteúdo sobre o qual discorrerá em suas 200 páginas e 12 capítulos: “A vida não termina aos sessenta: podemos, enfim, ser…LIVRES NA TERCEIRA IDADE! – leis biográficas após os 63 anos”.
Motivada pela inexistência de farta literatura para estudo de biografias acima dos 60 anos de idade e por ter adentrado a década dos 70 anos quando escreveu a obra, Gudrun aplica conhecimentos relacionados com as características planetárias aos três setênios após os 63 anos. Sua narrativa é recheada de tocantes relatos biográficos, imagens de belas obras artísticas e poemas reflexivos.
Do primeiro ao quinto capítulos, Gudrun discorre sobre os setênios e as forças planetárias.
O desenvolvimento da vida realiza-se no ritmo do 7: os setênios. Inquietudes ou “crises” podem acontecer-nos no meio de um setênio mas surgem especialmente nas transições de um setênio para o outro. Quanto mais avançamos em idade, esferas planetárias cada vez mais elevadas, relacionam-se com nossa vida. Órgãos espirituais de percepção poderão ser desenvolvidos.
Os três primeiro setênios, de 0 a 21 anos, dependem das forças dos planetas infra solares conectados com a terceira hierarquia (Arqueus, Arcanjos, Anjos = Espíritos da Alma), período em que a “casa corpórea” é construída: Lua dos 0 aos 7 anos; Mercúrio dos 7 aos 14 anos e Vênus dos 14 aos 21 anos de idade.
Dos 21 aos 42 anos, a alma desabrocha pela atuação do Sol juntamente com as forças da segunda hierarquia (Kyriotetes, Dynamis, Exusiais = Espíritos da Luz), período de maior amadurecimento da dimensão anímica (emocional).
Dos 42 aos 63 anos, a primeira hierarquia (Serafins, Querubins, Tronos = Espíritos da Forma) atua sobre a influência dos planetas supra solares para o ser humano adquirir os órgãos sensíveis dessas esferas planetárias: Marte dos 42 aos 49 anos; Júpiter dos 49 aos 56 anos e Saturno dos 56 aos 63 anos de idade.
Aos 63 anos o limiar de Saturno é ultrapassado assim como também a fronteira para as forças zodiacais (“estrelas fixas”), e o indivíduo adentra o portal dos planetas extrassaturninos: Urano dos 63 aos 70 anos; Netuno dos 70 aos 77 anos; Plutão dos 77 aos 84 anos de idade.
A fase de Urano: dos 63 aos 70 anos: tem a ver com a ampliação de consciência, novos conhecimentos, nova luz. Fase de ideias fulminantes, novas combinações surpreendentes, síntese cognitiva da intuição, provoca forças que geram mudanças radicais. Importante ocupar-nos com a questão do nosso carma e do carma de nossos próximos assim como impregnar nossa alma pelo Cristo para sermos seres humanos autênticos. O 66º ano de vida deve ser olhado do ponto de vista de uma vivência do Cristo ou como um acontecimento espiritual especial (o ritmo do 33).
A fase de Netuno: dos 70 aos 77 anos: tem a ver com sonhar de olhos abertos; a compreensão pelos sentimentos dos outros e o altruísmo podem ressurgir renovados; ter uma força sacrificial voluntária; ter uma força real de amor superando o isolamento; ter confiança mesmo sem uma base firme. Fase que requer atenção ao prender-se egoisticamente a coisas e para as influências negativas que podem fazer com que nos deixemos levar por incertezas, ilusões, mentiras e enganos.
A fase de Plutão: dos 77 aos 84 anos: etapa que pode levar-nos a extremos: a alturas espirituais, mas também deixar-nos cair no medo e no desespero. Tempo de lidar com perdas. Os sentidos enfraquecem mais ainda. Toda a atividade corpórea se torna mais lenta. Novas necessidades de adaptação e transformações. Descartar ainda mais o que é inútil. Repensar prioridades. Resolver assuntos pendentes. Mais paciência para superar dores. Mais serenidade para enfrentar obstáculos. Propor-se a cada dia uma pequena renovação. A “morte” se transforma na força de ressurreição. Superar dificuldades com humor. Praticar vida interior meditativa. Pode acontecer de só vermos o “sósia” no próprio cônjuge, isto é, apenas seus lados de “sombra”. É necessário transformar o medo em compaixão e o ódio em amor.
A partir do sexto capítulo, para falar sobre os espelhamentos na biografia de idosos, começa explicando como se dá o processo de encarnação dos quatro corpos ao longo dos quatro primeiros setênios (nascimento até 28 anos de idade). Depois fala do processo de desencarnação, que se inicia aos 42 anos, ressaltando a importância da fecundação do corpóreo pelo espiritual, trazendo o que acontece nos três setênios seguintes (42-49; 49-56 e 56-63), descrevendo a liberação das forças corpóreas e sua utilização nas cognições espirituais. A partir daí, explica como se dá o espelhamento na biografia, as possibilidades de espelhamento e o que se desvela em cada uma delas. Traz exemplos comentados de biografias espelhadas.
Descreve a seguir os ritmos cármicos da biografia: exigência cármica, lugar cármico e realização cármica, usando como exemplo prático a biografia de seu primeiro marido, Pedro Schmidt.
Traz um precioso resumo dos acontecimentos da Semana Santa e as forças planetárias atuantes, traçando um paralelo entre a biografia de Cristo na Semana Santa e a das pessoas na semana que antecede a morte. Novamente, traz exemplos biográficos comentados.
Aborda então, a partir desta vivência crística, a importância, por parte moribundo, de aprofundar-se na sua biografia. Ressalta que sua experiência neste assunto mostra como as pessoas ficam gratas com a oportunidade de terem uma visão panorâmica de sua biografia, apontando também que estas pessoas precisam de uma visão sobre a vida depois da morte.
Fala e descreve as cinco fases apontadas por Elizabeth Kübler-Ross com relação à aproximação da morte e traz também uma sexta fase: a da integração.
Indica, então, os seis exercícios colaterais de Steiner para propiciarem equilíbrio e harmonia nestas fases.
Com relação aos que cuidam da pessoa moribunda, faz recomendações importantes para que não se caia nos extremos da ilusão e da preocupação excessiva: agir conforme a realidade, dizendo a verdade no momento certo, com amor, fé e esperança.
Faz também recomendações práticas de atividades como leituras, música, contemplação de obras de arte, e uma meditação composta por Steiner para os moribundos.
Traz também recomendações para o velório, com leituras e mantras para o morto.
Descreve então sobre o que acontece no pós-morte com os quatro corpos e as fases que se seguem, bem como sobre a permanência nas esferas planetárias e a orientação e ajuda das hierarquias. Fala da ascensão até a meia-noite cósmica e a posterior caminhada para a preparação de uma nova encarnação.
Trazendo recomendações para a nova encarnação, começa falando que podemos nos preparar durante toda a vida, para a encarnação futura.
Discute a questão das forças e disposições que se quer desenvolver na vida versus os obstáculos interiores e exteriores encontrados; trata também da transformação das disposições em habilidades, as quais podemos presentear ao mundo.
Faz uma síntese do que Steiner fala sobre relações cármicas, habilidades e interesses e seus efeitos sobre a encarnação seguinte. Ressalta a importância do cuidado com os doze sentidos, e a importância do exercício das doze virtudes.
Conclui o livro pontuando que a vida é um processo de aprendizagem contínua, um caminho de iniciação, e que devemos andar nele conscientemente. Fala da importância do idoso sair do isolamento, manter contato com pessoas e despertar sempre novos interesses. Ressalta a importância das conversas “de pessoa para pessoa”. E traz o mote orientador do envelhecimento: “Eu sempre posso realizar isso!”
Aconselhadoras Biográficas: Zilda Barbosa de Andrade e Maísa Guapyassú
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