O que é o zodíaco em nós? Como atua na alma humana?
Esse cinturão de estrelas que nos envolve sempre me fascinou, na juventude resolvi estudar astrologia e confesso que me apaixonei. Aos 42 anos, ingressei na antroposofia e ao ouvir sobre as Forças Zodiacais fazia conexões, porém a perspectiva apresentada pela antroposofia trazia algo diferente, a possibilidade de fazer um trabalho de autodesenvolvimento com consciência sobre os arquétipos zodiacais e o quanto essas forças estão presentes no ser humano.
No livro “Forças Zodiacais” da Dra. Gudrun Burkhard, ela apresenta o significado de cada uma, a simbologia, contos para cada arquétipo, levando assim à formação de uma imagem ampliada.
A percepção, não somente das características de cada força zodiacal, mas entender sua presença na história da humanidade, é pura inspiração. A Antiga Índia/ Câncer e o arquétipo do um, a unidade do ser com o cosmo, a saudade do mundo espiritual; A Antiga Pérsia/ Gêmeos – o dois – surge a dualidade, Ormuz e Ahriman; O Antigo Egito/ Touro – o três, a trindade – Osíris, Ísis e Hórus, a presença do Touro Sagrado em tantas representações nesse período; A época Greco-Romana/ Áries – o quatro – a encarnação numa materialidade maior. Áries nos traz as guerras, conquistas dos impérios mas também o Cordeiro de Deus – o Filho de Deus imolado para a redenção. A época Moderna ou pós atlântica/ Peixes – o cinco – onde o homem precisa buscar a espiritualidade por meio de sua vontade. Lançar-se ao mundo por meio de seus próprios pés. Inicia o período das grandes navegações.
Imaginar a passagem das épocas e a evolução do ser humano sob a luz do zodíaco é muito interessante. Aprender como essas forças configuram a corporalidade física do ser humano é profundamente imagético. Outros estudos trazem essa relação, mas a antroposofia amplia esse olhar pelos arquétipos, sendo então um processo que podemos usar de várias formas a partir do quanto somos permeados por esse conteúdo, aumentando assim nossa compreensão e possibilidades.
A esfinge (Kerub) é formada pela representação dos animais águia, leão, touro e também o Ser Humano. Encontramos esfinges persas, egípcias, gregas. Na antiguidade sabia-se que o ser humano era o reflexo e resultado das forças do cosmos. Essas forças estão presentes na representação de Querubim. São as forças primordiais para formação do ser humano, a Cruz Astral. Representam nosso pensar (águia), sentir (leão) e querer (touro). Aquário representa o ser humano, que tem as três forças em equilíbrio. É o corpo vital regenerador, daí ser denominado também, o anjo. É de natureza celeste. Essas quatro forças também simbolizam os quatro evangelistas (João, Marcos, Lucas e Mateus) e as cognições respectivas – essa abordagem nos permite diversas conexões e fazer links é uma das coisas que mais gosto – conectar saberes.
Outro ponto de vista muito lindo é entender essas doze forças como os doze portais que permitem ao ser humano ter contato e interagir com o mundo exterior – os Doze Sentidos. Cada sentido pode ser relacionado a uma força zodiacal. Mais um ponto de conexão do ser humano com o cósmico.
As Doze Virtudes são conectadas a essas doze forças, que quando trabalhadas em nós, fazem parte do processo de autodesenvolvimento do ser humano.
Entendendo que as forças zodiacais se dividem nos quatro elementos e que estes estão presentes na formação do ser humano e seus quatro corpos, temos então mais uma relação bem interessante.
Esse livro aborda também a relação entre o ano platônico (período do ciclo completo dos equinócios ao redor da elíptica – astronomia) de 25.920 anos, seus 12 ciclos de 2.160 anos, 72 anos para cada grau (média de duração de uma vida humana). Fascinante!
Rudolf Steiner nos traz também através da euritmia a representação dessas forças, e também nos movimentos das consoantes e sua aplicação não apenas na euritmia artística, mas também na curativa.
Leonardo Da Vinci tem nos doze apóstolos da sua obra Santa Ceia, uma simbologia das doze forças zodiacais. A vivência artística com esses arquétipos é de grande aprendizado e autoconhecimento. Esse trabalho com os doze apóstolos e as doze forças é bastante utilizado nas formações em antroposofia, trazendo insights de autoconhecimento.
O estudo das forças zodiacais nos abre um outro universo de aprendizado sobre quem somos, nossas potencialidades, quais forças expressamos mais em nosso dia-dia e em vários aspectos, nos leva a percepção de qual nos falta ou está em excesso, nos permitindo, a partir de nossa vontade, trabalhar essas forças em nós buscando um equilíbrio maior em nós, seres humanos.
Dra. Heloisa Oliveira é do Rio, médica otorrinolaringologista e clínica, Medicina Antroposófica, Aconselhadora Biográfica, membro da diretoria da ABMA RJ e docente da ABMA. Idealizadora, cofundadora e coordenadora da Trinus Formação Biográfica RJ. Mergulhadora.
Instagram @draheloisaoliveira . site: www.draheloisaoliveira
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